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Negociações internacionais indicam o papel das cidades na reversão da mudança climática

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas - IPCC, indica que entre as soluções sustentáveis e de redução das emissões de CO2, estão repensar as políticas para as cidades. Planejar as cidades e como outras áreas urbanas funcionarão no futuro pode ajudar significativamente a mitigar os piores efeitos das mudanças climáticas. “Estas reduções podem ser alcançadas por meio de menor consumo de energia (como a criação de cidades compactas e caminháveis), eletrificação do transporte em combinação com fontes de energia de baixa emissão e maior absorção e armazenamento de carbono usando a natureza”, destaca o último relatório do IPCC.


Cientistas realçam como possível, reduzir pela metade as emissões de dióxido de carbono até 2030 e estimulam governos a intensificar as ações para reduzir as emissões. Como exemplo de avanços, os autores chamam a atenção para a redução significativa no custo das fontes de energias renováveis desde 2010, em até 85% para a energia solar, eólica e baterias. De acordo com o presidente do IPCC, Hoesung Lee, o momento atual representa uma “encruzilhada”. “As decisões que tomamos agora podem garantir um futuro habitável”, destaca Lee.


Lee se mostra encorajado pela ação climática que está sendo tomada em muitos países. “Existem políticas, regulamentos e instrumentos de mercado que estão se mostrando eficazes. Se foram ampliados e aplicados de forma mais ampla e equitativa, podem apoiar reduções profundas de emissões e estimular a inovação”, afirmou.


O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas - IPCC é o órgão da ONU para avaliar a ciência relacionada às mudanças climáticas. Foi estabelecido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA e pela Organização Meteorológica Mundial - OMM em 1988 para fornecer aos líderes políticos avaliações científicas periódicas sobre as mudanças climáticas, suas implicações e riscos, bem como propor estratégias de adaptação e mitigação. No mesmo, a Assembleia Geral da ONU endossou a ação da OMN e do PNUMA em estabelecer conjuntamente o IPCC, que atualmente tem 195 Estados-membros. O último relatório é resultado do trabalho de 278 autores de 65 países, incluindo o Brasil. Eles compõe o Grupo de Trabalho III do IPCC, que se debruça sobre a mitigação das mudanças climáticas, seus impactos e riscos futuros e como a adaptação e a mitigação podem reduzir esses riscos.

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