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Até 2050 o hidrogênio verde poderá gerar um mercado de US$ 2,5 trilhões

Até 2050 o hidrogênio verde poderá gerar um mercado de US$ 2,5 trilhões, podendo responder por aproximadamente 20% de toda a demanda de energia global. Estes dados estão entre as previsões do Hydrogen Council. Como o Brasil tem mais de 80% da sua matriz energética renovável, pode se tornar um dos grandes protagonistas deste mercado. Hoje o Brasil tem um dos menores custos marginais para geração de energias renováveis e isso é fundamental para barateamento do processo eletrólise. Fontes como solar, eólica, biomassa, biogás e etanol entram no rol de opções para geração de hidrogênio verde.


O tema foi pauta da reunião-almoço virtual da Câmara de Comércio Brasil – Alemanha do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (17). O encontro contou com as presenças de André Clark, General Manager da Siemens Energy Brasil, e Ansgar Pinkowski, Gerente de Inovação e Sustentabilidade da Câmara de Comércio e Indústria Brasil – Alemanha do Rio de Janeiro. “Estamos diante da maior transição de capital em larga escala para ESG. A COP 26 terá como pauta central como se faz comércio internacional no planeta. O Brasil tem extraordinária capacidade de geração de energia renovável, é imbatível. Nosso país é extremamente competitivo na economia do hidrogênio. O hidrogênio acopla fontes, conecta o setor de geração de energia a indústria, a indústria de fertilizantes, a indústria química, aos transportes”, declarou André Clark.


Em 2015, com o estabelecimento do Acordo de Paris, os países se comprometeram a diminuir a pegada ambiental. “O Brasil tem uma grande oportunidade de geração deste energético e se tornar um dos principais players do mundo e ser exportador desta nova commodity. Temos acesso à tecnologia de ponta para elaboração da nossa economia de hidrogênio verde, ou seja, tecnologicamente nós já estamos na ponta com a ajuda de empresas internacionais”, enfatizou Ansgar Pinkowski. Segundo Peggy Schulz, representante do governo alemão que se pronunciou sobre o tema em maio na Câmara de Comércio e Indústria Brasil – Alemanha, “estamos investindo 9 bilhões de euros em parcerias para desenvolvimento e tecnologias ligadas ao hidrogênio, atualmente o consumo é de 2.5TWh, mas estamos projetando que até 2030 teremos demanda de 90 a 110TWh”, informou a executiva.


O olhar especial dos alemães pelo Brasil se justifica também porque 60% das empresas alemãs que trabalham no desenvolvimento de hidrogênio verde têm subsidiárias no Brasil e 95% das companhias globais também têm subsidiárias no país. A Alemanha decidiu importar o hidrogênio, e o país não tem mais espaço para geração de energias renováveis, a meta é importar 90% até 2050, e o Brasil está no topo da lista de preferência. Hoje apenas quatro empresas estão produzindo e distribuindo hidrogênio no Brasil: White Martins, Air Liquide, Air Products e Messer. O uso ainda é concentrado na indústria. A Petrobras é o maior produtor, mas a companhia utiliza 95% de tudo o que produz para o refinamento de óleos de combustíveis. Mas a eletromobilidade é inexorável. O conceito na economia verde e digital é o que muda o país.

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