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  • Foto do escritorZelmute Marten

Safe business

O termo negócio seguro é irrevogável na atual quadra histórica do comércio internacional. O ambiente global é de profunda instabilidade e insegurança, mas marcado pela existência de personagens especulativos e rentistas, desestabilizadores do safe business. Rogo pela aplicação da implacável mão de aço da Interpol sobre todos os impostores. Este ambiente é recorrente na história. Episódios como o Tratado de Demarcação e Amizade Germano-Soviético e a coalizão orquestrada por Joachim von Ribbentrop e Vyacheslav Molotov são exemplos improlíferos. Em 20 de agosto de 1939, três dias antes do Pacto Nazi-Soviético, um acordo comercial foi firmado entre Berlim e Moscou. A União Soviética comprometia-se a fornecer 180 milhões de Reichsmarks em matérias-primas para a Alemanha, em troca do compromisso alemão de fornecer 120 milhões de Reichsmarks em produtos industriais. Além disso, uma linha de crédito de 200 milhões de Reichsmarks foi concedida a Moscou, garantida pelo governo alemão, com uma taxa de juros efetiva de 4.5% num período de sete anos, a serem quitados com matérias-primas.


Há duas semanas fui convidado para uma participação ao vivo no programa Justiça do Supremo Tribunal Federal, para tratar dos impactos das fake news no comércio exterior. A motivação do convite, formulado pela jornalista da TV Justiça, Talitha Oliveira, foi a veiculação de notícia falsa publicada pelo Estadão, no dia 23.11.2021, sobre a possibilidade do Brasil ter importado 500 toneladas de banana da Somália, infectadas com o verme Helicobacter. Uma mensagem alarmista circulou em grupos de WhatsApp afirmando que as pessoas poderiam morrer ao comer a fruta contaminada. As fake news são uma intumescência deste tempo, denominado de produtor de relações líquidas ou de pós-verdade. Concretamente, empresários brasileiros e estrangeiros, oriundos de determinadas cepas, escusos, inconfiáveis, são preconício da inconsistência. No exemplo nacional, a incapacidade para gerar o Stand-By Letter Of Credit (SBLC) é inibitório do estabelecimento dos negócios. E assim, recorrentemente, todo tipo de fraude é desvelada.   

  

A ideia de cooperação econômica e comercial entre a Alemanha e Rússia não era novidade. Na verdade, as duas partes combinavam notavelmente, com a Rússia rica em matérias-primas e ansiosa por industrializar-se formando um complemento natural à locomotiva industrial da Alemanha, insaciável em sua necessidade de matérias-primas. Desde o fim do século XIX, industriais alemães sonhavam em ter acesso aos vastos recursos naturais da Rússia, enquanto os líderes russos, havia muito tempo, buscavam auxílio tecnológico externo para o seu impulso de industrialização. Por isso, muitos, dos dois lados, anteviam um acordo mutuamente benéfico se os obstáculos políticos pudessem ser superados. As relações tinham sido um tanto prejudicadas pela atmosfera ideologicamente carregada que se seguiu à Primeira Guerra Mundial, mas os dois países, bem ou mal, mantiveram relações econômicas durante todo o período entreguerras, as quais desabrocharam em colaboração plena quando as circunstâncias políticas e estratégicas coincidiram. Um desses florescimentos ocorreu com o Tratado de Rapallo em 1922, quando Alemanha e Rússia soviética chocaram o mundo ao concluir um acordo bilateral.


Hoje, momento em que a Europa debate segurança cibernética e as guerras são biológicas e de embargo, laborar pelo safe business é primordial. No mundo em disrupção, caracterizado pela transição energética, possibilidades concretas de recuperação da economia global pós-pandemia da Covid-19 estão situadas em setores como energias renováveis e commodities. A exigência contemporânea está situada na contenção do aquecimento global e no atingimento das metas do Acordo de Paris. Este esforço de governança multilateral será profícuo com o estabelecimento de sólidos laços de confiança e de compliance. Os antônimos das boas práticas precisam ser exterminados, defenestrados dos adequados padrões de international relations. O due dilligence, ou diligência prévia, deve ser saudado pelos íntegros, comemorado pelas boas intenções. O oposto disso desestabiliza o foreign trade. Ao meu lado, permanece o desejo pelo estabelecimento dos melhores vínculos, somente estes, para produção dos melhores resultados, geração das energias positivas, renováveis e auspiciosas

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