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Foto do escritorZelmute Marten

O setembro mais quente e o outubro mais seco

Estudo divulgado pelos cientistas do centro de pesquisa global Copernicus Climate Change (C3S) mostra que o setembro de 2020 foi o mais quente da história, o registro é 0.05 grau Celsius superior ao visto em setembro de 2019, que detinha o recorde até o presente momento. Já outubro foi o mais seco registrado em 20 anos, segundo a Somar Meteorologia, a chuva foi 93% menor que a média esperada para o mês. Em Porto Alegre foi registrado o dia mais quente de outubro em 109 anos. No sábado, 12.10, de acordo com o MetSul, a capital dos gaúchos registrou o seu dia mais quente desde o início das medições oficiais.

“Esta onda de calor que se instalou no Brasil no final de setembro e nos primeiros dias de outubro de 2020 será amplamente estudada pela academia porque está reescrevendo a climatologia de temperaturas no país, batendo recordes de calor de mais de cem anos”, afirma a meteorologista Josélia Pegorim, do Climatempo. Na Europa, as temperaturas médias de setembro também bateram recorde, cerca de 0.2°C mais quente do que setembro de 2018, o mês mais quente anteriormente registrado no continente.

Estes exemplos reforçam a preocupação com o processo de aquecimento global pelo qual está passando o planeta. O aumento na temperatura do ar foi registrado em diferentes pontos do planeta como no norte da Sibéria, no Oriente Médio, em partes da América do Sul, Austrália e Europa. Nos Estados Unidos, Los Angeles chegou a registrar 49°C. O Inmet publicou comunicado alertando para o risco de morte em razão do aumento da temperatura. O Ártico tem apresentado aquecimento desde a primavera do hemisfério norte, em um período que o relatório do Serviço de Mudança Climática Copernicus, do Programa de Observação da Terra da União Europeia, classifica como “incomum sobre sua magnitude e persistência”.

A campanha “Race to Zero”, lançada pela Organização das Nações Unidas - ONU, no Dia Mundial do Meio Ambiente, tem como objetivo eliminar as emissões de gases causadores de efeito estufa, como o dióxido de carbono, até, mais tardar, em 2050. Mais de 120 países adotaram a meta de atingirem a neutralidade climática até 2020. O Presidente da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26), o ministro britânico da Energia, Alok Sharma, declarou que as economias mundiais devem ser reconstruídas de modo mais sustentável e limpo pós pandemia de Covid-19. Os furacões gigantescos na África Oriental, incêndios florestais devastadores nos Estados Unidos e Austrália e o encolhimento das camadas de gelo nos polos, são demonstrações, como as registradas com o setembro mais quente e o outubro mais seco, que o desenvolvimento mais célere das fontes de geração de energia renovável se constituem como uma urgência climática global.

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