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O mercado de crédito de carbono

O mercado de crédito de carbono está entre os vetores em ascensão, no ambiente de novas economias advindas do contexto de mudanças climáticas. Um crédito de carbono é a representação de uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida para a atmosfera, contribuindo para a diminuição do efeito estufa. Existem diversas maneiras de gerar créditos de carbono, dentre elas, a substituição de combustíveis em fábricas, onde se deixa de utilizar biomassas não renováveis, como lenha de desmatamento, e passam a aplicar biomassas renováveis, que além de emitir menos gases de efeito estufa, contribuem para a redução do desmatamento.

Verifica-se a existência do Mercado de Carbono Regulado e o Mercado de Carbono Voluntário. O Mercado de Carbono Regulado surgiu em consequência do Protocolo de Kyoto e as urgências em relação às mudanças climáticas. O Mercado de Carbono Voluntário surgiu de forma paralela ao protocolo de Kyoto, com as Reduções Voluntárias de Emissões - VERs, sigla em inglês. Uma das principais diferenças entre os dois mercados é a precificação do crédito de carbono. Atualmente, os preços do Mercado de Carbono Regulado estão mais baixos se comparados com o Mercado de Carbono Voluntário. O Brasil, como país em desenvolvimento, não assumiu meta em Quioto e, portanto, os projetos baseados no país só participam como fornecedores de créditos de carbono do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, chamados Reduções Certificadas de Emissões - CERs.

No protocolo de Kyoto, alguns dos países responsáveis pelo aquecimento global se comprometeram em reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, criando obrigações legais para empresas dentro de seus territórios. Tais compromissos incluem o limite de emissões e a possibilidade de compra de créditos de carbono de mecanismos definidos em Kyoto para compensar as emissões além da meta, no período correspondente de 2008 a 2012. O primeiro período de compromisso de Quioto (2008 - 2012) terminou com um excesso de Reduções Certificadas de Emissões - CERs disponíveis no mercado, sendo que a previsão é de que um novo acordo entre as partes começará a gerar demandas efetivas a partir do início do novo período, em 2020.

Para entender a diferença é necessário compreender a proposta de valor entre os dois tipos. Os CERs (Redução Certificadas de Emissão) seguem uma lógica semelhante às commodities, com pouca diferenciação entre projetos e alta oferta, seus compradores estão preocupados especialmente em atender uma meta obrigatória de compensação de emissões. Já os VERs (Reduções Voluntárias de Emissões) buscam atender uma necessidade especial, geralmente de empresas que buscam reforçar suas estratégias de sustentabilidade e governança climática, valorizar suas marcas, diferenciar produtos, engajar stakeholders, entre outros. Neste caso, a origem, os padrões utilizados e os benefícios socioambientais são de extrema importância para o comprador, bem como a qualidade do projeto.

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