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  • Foto do escritorZelmute Marten

Novo normal

A sociedade mundial se empenha na busca de caminhos para o estabelecimento do novo normal. A recuperação da economia depende da preservação da vida. O adversário da atividade econômica é o vírus e não o distanciamento social. A comunidade científica dedica-se a pesquisar uma vacina para o Coronavírus. A Organização Mundial da Saúde e cientistas em todo o mundo, afirmam que até o descobrimento de um antídoto eficaz, somente o distanciamento social pode evitar o aumento do contágio comunitário e o consequente número de óbitos. Segundo analistas, podemos vivenciar uma crise de reflexos proporcionais à gripe espanhol e à grande depressão econômica de 1929, somadas. Portanto, somente o respeito à democracia e a união nacional poderá fazer com que os reflexos econômicos sejam minimizados. É fundamental associar medidas sanitárias e preventivas a ações efetivas e robustas do governo federal, no sentido de garantir renda básica, preservação de empregos e empresas, bem como a recomposição das receitas de Estados e municípios.

Líderes mundiais como, Donald Trump nos Estados Unidos, e Jair Bolsonaro no Brasil, desestabilizam a democracia. Alinhados na crítica ao distanciamento social, contrariam especialistas preconizando a eficiência da hidroxicloroquina para o tratamento do novo Coronavírus. De outra parte, anunciam afastamento destes países do Acordo de Paris, condenam a atuação da OMS no enfrentamento à crise sanitária, demonstram viés autoritário e truculento nas relações internacionais. As semelhanças se ampliam quando se analisa o padrão de relacionamento que ambos estabelecem com a imprensa, optando recorrentemente pela ofensa à jornalistas. Dizendo-se “perseguido pelos meios de comunicação”, desqualifica as críticas recebidas e rejeita sumariamente qualquer contraposição às suas escolhas.

No caso Europeu, o Embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel, que participou na última segunda-feira, 11/5, de reunião almoço virtual da Câmara de Comércio Brasil - Alemanha no Rio Grande do Sul, o país está determinado a fortalecer as funções públicas do Estado para o enfrentamento da crise, “estamos implantando pacote maciço para ativar a economia, vamos emitir títulos da dívida, adotar fundos de recapitalização de empresas, temos dinheiro para enfrentar a crise e vamos usar. Na Alemanha não há conflito entre o governo, parlamento e o poder judiciário, vamos lutar por cada emprego e cada empresa”, destacou Witschel. Nas palavras do Embaixador a dívida pública na Alemanha que hoje é de 60% do PIB, depois da crise deverá chegar à 80%.

Georg Witschel salientou ainda que “temos a chance de combinar a retomada da economia com a proteção climática”. O Pacto Verde Europeu vai investir recursos substantivos em energias renováveis. Em busca de ser o primeiro continente neutro do ponto de vista climático, a meta estabelecida é zerar emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050 na região. O objetivo é transformar os desafios climáticos e ambientais em oportunidades em todos os domínios de intervenção, tornando a transição justa e inclusiva para todos. Demonstrando a viabilidade da transição energética, se apresentar como uma agenda mundial de retomada da atividade econômica, com investimentos em energias renováveis e inovação, pós superação da pandemia da Covid-19, para consolidação do novo normal.

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