top of page
  • Foto do escritorZelmute Marten

Ecossistema de inovação tem R$ 66 bi na FINEP

Nesta semana que a agência de classificação de risco S&P Ratings elevou a nota de crédito soberano do Brasil após a aprovação da reforma tributária, torna-se cada vez mais relevante o ecossistema de inovação de mais de R$ 66 bi previstos para investimentos neste setor na parceria entre a FINEP e o BNDES. O Brasil passa a ter classificação BB, depois de um longo período de nota BB -. Analistas do banco americano Goldman Sachs chamaram atenção para o fato que, com a atualização, a S&P iguala sua nota de crédito para o Brasil no mesmo nível das agências Fitch e da Moody’s. A S&P Global Ratings é uma das três maiores agências de classificação de risco do mundo, e suas notas de crédito consistem em avaliações da probabilidade de um emissor de títulos honrar com suas obrigações financeiras. Investidores internacionais ficam atentos às notas dadas por essas agências na hora de escolher onde aportar seus recursos.


Entre outras razões, o ambiente favorável internacionalmente, decorre da liderança ocupada atualmente pelo Brasil entre as principais nações do mundo que lutam pela reversão das mudanças climáticas. A consolidação de uma economia de baixo carbono está entre os principais desafios da governança global, e o Brasil, em sua participação na COP 28, e na presidência do G 20, tem liderado esforços para inserir na prioridade global o foco no investimento em fontes renováveis de geração de energia limpa e na produção de biocombustíveis e de hidrogênio verde. A regulamentação e precificação do mercado de crédito de carbono vem ao encontro deste intento. Neste sentido, os esforços coordenados pela FINEP e o BNDES, através do Programa Mais Inovação, aponta para a importância do nosso país gerar tecnologia de base local e nacional a partir de universidades e institutos federais de educação, além de outras instituições de ensino e pesquisa, juntamente com empresas e entidades da sociedade civil.


O ex-secretário de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, professor Adão Villaverde, foi painelista, nesta semana, na abertura de seminário no âmbito das temáticas da V Conferência de CT&I 2024 do Brasil. Entre os eixos estratégicos desta agenda no contexto da neoindustrialização estão: Biotecnologia e a Nova Indústria; Transição Energética; Descarbonização na Indústria; Inteligência Artificial; Transição Ecológica e Bioeconomia; Base Industrial de Segurança e Defesa; Financiamento da Inovação; Capacitação de Recursos Humanos; Minerais Estratégicos no Contexto de um Projeto Nacional; Universidade e Indústria; Inovação na Segurança Alimentar, Agricultura Familiar e no Agronegócio. O tema selecionado para a apresentação do ex-secretário e professor, que também foi deputado estadual, foi a indústria de semicondutores, sua transversalidade com os eixos citados e a alteração mundial na desconcentração da produção do Pacífico do Leste. Villaverde é uma referência nacional e internacional no segmento de semicondutores, suas contribuições possuem grande relevância no campo da inovação, ciência e tecnologia.


Este contexto social estruturado vai ao encontro de nossa proposta de transformar o Campus da FURG de São Lourenço do Sul num Campus de Economia Verde. O Brasil é um dos cinco países mais atrativos para investimentos em energias renováveis, sendo líder das economias do G20 neste setor. Atualmente o Campus da FURG dispõe dos cursos de Educação do Campo, Agroecologia, Gestão Ambiental, Gestão de Cooperativas, Letras - Português e Literaturas de Língua Portuguesa. A organização de empreendimentos como agroindústrias e a produção de alimentos saudáveis estão entre os focos, especialmente para a agricultura familiar. Integrar ao Campus da FURG de São Lourenço do Sul, estudos e trabalhos do Instituto Federal de Educação, GIZ da Alemanha, Instituto IDEEAS e FINEP, entre outras instituições, deve estruturar um laboratório de experiências e estímulos aos jovens acadêmicos para a pesquisa e a produção de novas patentes para os componentes dos vetores da transição energética. As fontes de geração de energias renováveis: água, sol, vento, sendo relacionadas com a produção de alimentos saudáveis e a fabricação de novos equipamentos. Este arranjo institucional, de estudos e de práticas produtivas, pode estruturar um novo ciclo virtuoso ao nível local e regional. Promovendo vocações produtivas regionais, atraindo novos investimentos públicos e privados, via um sólido programa de parcerias público-comunitárias, mobilizando a população local na valorização e fortalecimento desta estrutura, em consonância com a proposta de transição ecológica e do ecossistema de inovação proposto pela FINEP. 

553 visualizações3 comentários
bottom of page