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  • Foto do escritorZelmute Marten

COP 30, ônibus elétricos e as intenções do Mecklemburgo -Pomerânia Ocidental - Alemanha

O Brasil sediará a COP 30 em novembro de 2025 na cidade de Belém – Pará. O convite formal será realizado na COP 28 que ocorrerá de 30 de novembro a 12 de dezembro de 2023 em Dubai nos Emirados Árabes. Nesta sexta-feira, 2.6, o presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, anunciou em reunião com o governador Jader Barbalho, a disponibilização de R$ 5 bi para o Estado em projetos de energias renováveis, com prioridade para a renovação da frota através da aquisição de 1,3 mil ônibus elétricos em Belém. A frota é uma das mais antigas do país com cerca de 12 a 14 anos de existência. O Brasil é o segundo país que mais anda de ônibus no planeta, destacou Mercadante, lembrando que México e Chile já fizeram a migração para o ônibus elétrico. O ônibus é manufatura, gera muito emprego. Nós queremos impulsionar a eletro mobilidade no transporte urbano, nos ônibus”.


Uma parte dos R$ 5 bilhões que serão direcionados à preparação de Belém para sediar a COP 30 virá do Fundo Amazônia, em projetos de redução do desmatamento. “Por exemplo a linha de bioeconomia. Essa é uma área de interesse estratégico. Você não sustentará o fim do desmatamento se não desenvolver uma economia alternativa que gere valor agregado à floresta em pé, à floresta viva”, declarou Mercadante. A linha nova do BNDES voltada à inovação, com taxa de juros de 2% ao ano, pode financiar projetos industriais de base tecnológica no ambiente da inovação que é o parque tecnológico de bioeconomia do Pará. Mercadante informou que o Fundo Clima pode ser acionado, do mesmo modo, “porque caberia muito bem nesta conversão da cidade e do Estado em ser carbono neutro”. Pará é, atualmente, o Estado brasileiro que mais reduz emissões de carbono na atmosfera, mencionou o presidente do BNDES.


O II Seminário de Relações Internacionais da Câmara de Comércio Brasil Alemanha do Rio Grande do Sul, debateu nesta semana, na Escola de Humanidades da PUC RS, questões relacionadas a transição energética a redução de emissões de dióxido de carbono. Sob o tema “A Geopolítica da Segurança Energética: a posição estratégica do Brasil diante da Alemanha” tratamos de ciência, investimentos internacionais e a cooperação entre Estados. O Chefe da Chancelaria do Estado de Mecklemburgo - Pomerânia Ocidental - Alemanha, Patrick Dahlemann, apresentou as intenções da região em projetos e ações de cooperação no Brasil. “Nós realizamos uma missão a pouco no Brasil. Ficamos muito impressionados com o potencial. Com coisas que já estão acontecendo. Nosso interesse é prioritariamente por uma relação de valorização da cultura, educação, identidade entre nossos países. A Alemanha está comprometida com a transição energética e vamos intensificar os laços de cooperação no Brasil. A eleição de Lula é um acontecimento que serve como um imã”, destacou Patrick. No próprio evento e ato continuo em correspondência, inicie tratativas apresentando os potenciais existentes em São Lourenço do Sul.


Na mesma ocasião, o Prof. Dr. Marco Aurélio Chaves Cepik, Diretor da Escola de Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência – ABIN, abordou o ambiente disruptivo das mudanças sistêmicas, reforçando a transição energética e a posição estratégica do Brasil para Alemanha. “O Brasil e a Alemanha tem mais de 60 anos de cooperação em meio ambiente e energia. O Brasil poderá ser o maior produtor de hidrogênio verde do mundo. Precisamos nos posicionar no ambiente de relações complexas entre as transições demográfica, climática, tecnológica e energética. A integração com a América do Sul é vital. A Alemanha é um país líder na Europa e o Brasil na América do Sul. Temos o desafio da transição digital. É certo que temos 759 milhões de pessoas sem acesso à energia elétrica no mundo. São 40% da população global que vive com biomassa, lixo e lenha. Estamos aprofundando as desigualdades. E os efeitos da robotização, inteligência artificial e biotecnologia são incertos. Os gases de efeito estufa estão aumentando a elevação da temperatura media. Modelos varial de 0.3 – 1.7 graus celsius e 2.6 – 4.8 graus celsius. São elementos ecológicos, geológicos, de radiação solar e antrópicos. Segundo a ONU fomos 7 bilhões de pessoas na terra em 2011 e seremos 9.4 em 2050. Precisamos de novos pilares baseados em políticas, fontes, tecnologias e consumo”.

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