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  • Foto do escritorZelmute Marten

Agenda 2030 das Nações Unidas: reconstrução da economia mundial passará pelas energias renováveis

A Agência Internacional de Energia (IRENA) lançou, nesta semana, declaração indicando que a reconstrução da economia mundial deverá passar pelas energias renováveis. “Os governos estão embarcando na tarefa monumental de criar pacotes de estímulo e recuperação. Elas estão em uma escala para moldar sociedades e economias nos próximos anos. Essa resposta deve estar alinhada com as prioridades de médio e longo prazo. As metas estabelecidas na Agenda 2030 das Nações Unidas e no Acordo de Paris podem servir como bússola para manter o curso durante esse período desorientador”, enfatizou Francesco La Camera, diretor-geral da IRENA.

O setor de energias renováveis atingiu 11 milhões de empregos em todo o mundo em 2018 e pode quadruplicar até 2050. Considerando os postos de trabalho em eficiência energética e flexibilidade do sistema, as ocupações podem crescer em outros 40 milhões. “É importante ressaltar que as fontes renováveis oferecem uma abordagem comprovada para os cuidados de saúde remotos em comunidades carentes de energia e adicionam um elemento-chave ao kit de ferramentas de resposta a crises”, salienta La Camera. Entre as vantagens competitivas, por exemplo, em se tratando das fontes eólica e solar, estão as oportunidades com a descentralização da geração, permitindo um maior envolvimento dos cidadãos e das comunidades nas decisões energéticas, com “implicações sociais transformadoras”.

Segundo a Irena, transições de energia já estão em andamento e as fontes solar fotovoltaica e eólica se tornaram mais baratas em muitos mercados. O segmento fotovoltaico não deve deixar de sofrer os impactos da crise da Covid-19, mas eles serão diferentes do que em outros setores. “Os governos podem recorrer a uma transição energética baseada em energias renováveis para trazer um conjunto de soluções neste momento de grave crise estrutural. Muitas tecnologias renováveis podem ser incrementadas com relativa rapidez, ajudando a revitalizar indústrias e criar mais empregos”, defende o diretor da Irena.

No centro da compreensão está o papel estratégico das funções públicas do Estado. “Chegou o momento de reduzir ou redirecionar os subsídios aos combustíveis fosseis”. As medidas de recuperação podem ajudar a instalar redes elétricas flexíveis, soluções de carregamento de veículos elétricos, armazenamento de energia, energia hidrelétrica interconectada, hidrogênio verde e várias outras tecnologias. Os governos precisarão de abordagens inovadoras para garantir financiamentos na escala e velocidade necessárias. Os investimentos devem ser direcionados para as comunidades mais vulneráveis e para os países onde houver maior necessidade.

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