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  • Foto do escritorZelmute Marten

Mudanças climáticas opõem Brasil e Estados Unidos

Mudanças climáticas, democracia e direitos humanos geram oposição entre Brasil e Estados Unidos da América. Menos de um mês depois de assumir a Casa Branca, o governo de Joe Biden recebeu um dossiê de 32 páginas elaborado por mais de cem pesquisadores de universidades como Columbia, Harvard e Brown, e por organizações como Greenpeace, Amazon Watch, Friends of the Earth, além da articulação dos Povos Indígenas do Brasil, sob o guarda-chuva da U.S. Network for Democracy in Brazil, rede formada por acadêmicos e ativistas brasileiros no exterior há dois anos. A informação foi divulgada na coluna "Diários do Mundo", pelo jornalista Rodrigo Lopes.


O conteúdo apresentado a Biden faz seis recomendações ao novo presidente americano na relação com o Brasil, entre elas “a restrição, através de ordem executiva, sobre compras e legislação governamentais, de importação de commodities de risco florestal, como madeira, soja e produtos provenientes do gado, a não ser que possa ser determinado que essas importações não estejam ligadas ao desmatamento ou ao abuso de direitos humanos”.

Entre outras propostas, sugere a Biden que congele negociações de comércio bilateral com o Brasil, reitere o atual apoio à entrada do país na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), questione a participação no G-7 e no G-20 e suspenda a cooperação militar. O texto critica a aproximação entre o ex-presidente Donald Trump e o presidente Jair Bolsonaro, que, segundo os autores, teria colocado em xeque o papel de “Washington como parceiro confiável na luta pela proteção e expansão da democracia”.


O documento foi encaminhado pelo diretor para o Hemisfério Ocidental do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Juan Gonzalez. O funcionário é muito próximo a Biden, desde os mandatos do ex-presidente Barack Obama. No primeiro dia de governo, o presidente Joe Biden, recolocou os Estados Unidos no Acordo de Paris sobre mudanças climáticas e, na segunda semana, anunciou ousado plano ambiental, que inclui medidas como deixar de autorizar perfurações de petróleo e gás em terras da União e o corte de subsídios de combustíveis fósseis. Durante os dois anos de mandato, Bolsonaro e a cúpula da política externa brasileira estabeleceram um alinhamento automático com Trump, comprando briga com a China e com países islâmicos em defesa de causas americanas. No primeiro debate da campanha nos EUA, Biden, sugeriu “consequências econômicas” caso a devastação da Amazônia continue.

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