Ministros da Alemanha, França, Itália, Suécia, Luxemburgo, Portugal, Áustria, Finlândia e Espanha, são signatários de manifesto lançado nesta terça-feira, 14, pela recém-criada Aliança Europeia para uma Recuperação Verde. Investimentos maciços serão necessários para enfrentar a retração econômica. O documento é assinado ainda por 180 líderes políticos, diretores de grandes multinacionais, sindicatos, entidades da sociedade civil e especialistas. Diretores executivos de empresas como Iberdrola, Enel, Volvo, Danone, Ikea, e L’Oreal, estão entre os autores de propostas que incluem a luta contra a mudança climática no núcleo central da estratégia que a União Europeia deve adotar para sair da grave crise provocada pela pandemia da Covid19.
Na última década, avanços significativos foram consolidados nesta perspectiva, “a energia eólica era três vezes mais cara do que é hoje, a solar sete vez mais e os veículos sem emissão de poluentes eram apenas um protótipo”, assinala a carta endereçada à Bruxelas. A aliança defende a implementação de uma economia verde em escala global, ideário de compromisso envolvendo 79 euro-deputados de 17 países da EU, 37 CEOs de multinacionais e grandes empresas, 28 associações empresariais confederações, federações sindicais e representantes de ONGs ambientais como WWF, Birdlife e Rede de Ação Climática.
Os autores deixam claro que a luta contra a pandemia é a principal prioridade e deve ser feito tudo que for imperativo para deter e erradicar o vírus. Olhando para as consequências econômicas da Covid19, o golpe será mais duro que o da crise de 2008, portanto, a Europa deve apresentar uma forte resposta econômica coordenada. Segundo o documento é primordial a execução de investimentos expressivos, capazes de “desencadear um novo modelo econômico europeu, onde a transição necessária para limpar a economia de gases de efeito estufa, unida à proteção da biodiversidade e à transformação do setor agroalimentar”. Esta combinação de fatores poderá “gerar rapidamente empregos e crescimento, melhorando o estilo de vida de todos os cidadãos”.
No foco está a desconexão da economia comunitária dos combustíveis fósseis. A magnitude da crise sanitária e econômica provocada pela pandemia são impulsos pra ampliar o ambiente de cooperação. Os signatários se comprometem a trabalhar juntos, “compartilhar conhecimentos, trocar experiências e criar sinergias” para reunir as condições necessárias à “recuperação verde”. E endossam enfaticamente o Pacto Verde da Comissão Europeia, por representar um “enorme potencial para reconstruir” a economia da região. Para tanto, são inexoráveis a valorização das funções públicos do Estado e a constituição de um proativo ambiente de governança entre a esfera pública, iniciativa privada e sociedade civil.
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