A transição entre uma economia de subsistência para uma economia de mercado, propicia um conjunto de oportunidades e de vínculos entre Brasil e Vietnã. Entre janeiro e outubro de 2020, o Brasil exportou US$ FOB 1.705,7 bi em produtos para o Vietnã. Na balança comercial do Brasil e Vietnã, há um déficit de US$ FOB – 246.6 milhões, o que significa que os brasileiros mais importam do que exportam. Os principais produtos exportados pelo Brasil ao Vietnã em 2020 foram algodão em bruto, milho não moído, soja, farelos de soja e carne suína. Os montantes de negócios obedecem a seguinte escala de grandeza: algodão em bruto (22% e US$ FOB 378 milhões), milho não moído (21% e US$ FOB 360 milhões), soja (14% e US$ FOB 240 milhões), indústria de transformação com produtos como farelo de soja (14% e US$ FOB 244 milhões) e carne suína fresca, refrigerada ou congelada (4.3% e US$ FOB 74.2 milhões).
Segundo a consultoria A.T. Kerney, o Vietnã foi o 12° país que mais recebeu Investimentos Diretos Estrangeiros (IDEs) em 2009 e 2010. Em 2011, o país atraiu IDEs no valor de US$ 18.5 bilhões em mais de 1.155 projetos, tendo o desembolso alcançado R$ 11 bilhões. O sucesso da política de atração de investimentos estrangeiros vietnamitas explica-se, entre outros, pela localização privilegiada do Vietnã no sudeste asiático, pela sua estabilidade político-econômica, pela consistência de seus planos econômicos, pela sua mão-de-obra abundante e pelos incentivos oferecidos ao capital estrangeiro. No plano jurídico, foi promulgada a Lei de Investimentos Estrangeiros em 1996, emendada em 2000, posteriormente substituída pela Lei de Investimentos Estrangeiros de 2005 e pela Circular 108/2006/ND-CP.
Dentre os principais parceiros comerciais do Vietnã para exportação estão a China, Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Alemanha. Para importação estão China, Coreia do Sul, Japão Tailândia e Cingapura. A economia é, em sua maioria, regida por produtos agrícolas como arroz, mandioca, café, cana de açúcar e borracha. Além disso, as atividades de exploração de madeira e pesca também são muito importantes para a economia do país. No dia 8 de maio de 2019, Brasil e Vietnã comemoraram 30 anos de relações diplomáticas. Poucos foram os países que em curto espaço de tempo alcançaram um nível tão elevado de relações políticas, diplomáticas e comerciais como o Vietnã, como o Brasil. Na ocasião o Embaixador Do Ba Khoa afirmou: “pretendemos elevar nossa parceria estratégia a um novo patamar. Este é o nosso objetivo. As relações bilaterais vêm se desenvolvendo de forma muito positiva, temos uma cooperação satisfatória em todos os campos e a confiança política recíproca é cada vez mais reforçada. Nos últimos anos temos realizado uma intensa troca de visitas governamentais de alto nível e elas contribuem de forma decisiva para o aprofundamento da compreensão e da confiança política”, enfatizou. Nesta quinta-feira (24/4), ocorreu a Assembleia Geral Ordinária da Associação de Amizade Brasil – Vietnã, Seccional do Rio Grande do Sul (ABRAVIET – RS). O encontro reuniu lideranças nacionais e regionais, parlamentares, acadêmicos, estudantes e representantes de entidades da sociedade civil. O advogado Oscar Plentz foi escolhido presidente, conjuntamente com uma nova direção e um amplo conselho consultivo. A prestação de contas do trabalho realizado no último período, o planejamento das futuras atividades e a escolha dos órgãos diretivos, estiveram entre as pautas do encontro virtual. A qualificada composição plural, expressa o objetivo de seus integrantes para a construção de pauta de intercâmbios culturais e econômicos que possuam potencialidade para colocar o Rio Grande do Sul entre os Estados da federação com os melhores resultados no relacionamento bilateral entre Brasil e Vietnã.
Ótima relação a ser construída, todo o setor terá muito a ganhar. (André Mattioli - Belo Horizonte)