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Foto do escritorZelmute Marten

Transportes e eficiência energética

No horizonte do Plano de Desenvolvimento Energético – PDE 2029, a projeção de crescimento da demanda energética de transportes indica evolução, em média, de 2,4% a.a. entre 2019 e 2029. Diante da representatividade desse setor no consumo energético do Brasil, os ganhos de eficiência energética exercem papel importante como fonte de atendimento. Nesse sentido, ações como melhorias tecnológicas em motores, penetração de novas tecnologias automotivas (entre elas, híbridas), aumento de participação de modais menos energo-intensivos e mudanças culturais no uso de aplicativos de transporte e de sistemas de compartilhamento, além de mudanças culturais no uso de transporte individual que impactam padrões de uso e o nível de ocupação dos veículos.

No transporte de cargas, permanece elevada a concentração do uso de óleo diesel, para movimentação da frota brasileira. No PDE não se detecta no horizonte um amplo desenvolvimento de projetos em fontes substitutivas para cargas pesadas. No que tange ao transporte de passageiros, por sua vez, os ganhos de eficiência energética são representados através de avanços na eficiência energética com o aumento da importância do modo rodoviário coletivo, implementação de corredores de ônibus e priorização do transporte coletivo em vias preferenciais. Mecanismos como o PBE e ações como INOVAR-AUTO e Rota 2030, são importantes vetores de indução para penetração mais acelerada de tecnologias automotivas mais eficientes no mercado brasileiro. Os ônibus mais modernos devem estar equipados com controles automáticos, como o de tração e frenagem. Além disso, projeta-se a introdução de novas tecnologias híbridas, e a redução de congestionamentos pela priorização dada ao transporte coletivo.

São estimados ganhos na ordem de 7% em 2029 somente em relação a eficiência energética associada a cada modo de transporte. Melhorias tecnológicas, intensidade de uso, ganhos de eficiência sistêmica, indicam a capacidade de economia em eficiência na ordem de 17 milhões de tep (tonelada equivalente de petróleo), ou 13% do total em 2029. Estes ganhos estão associados principalmente à substituição por modos de transporte menos energo-intensivos, que consomem menos energia por passageiro-quilômetro transportado. As transformações em curso são exigências dos tempos, dos desafios com as mudanças climáticas, o aquecimento do planeta e a transição energética, que alcança escala global e papel impreterível na sociedade atual.

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