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  • Foto do escritorZelmute Marten

Mobilidade elétrica

Está em curso uma transição da mobilidade à combustão para a mobilidade elétrica. No final do século XIX, a transição do transporte animal para o carro a combustão foi uma questão de saúde pública. Da mesma maneira, no século XXI, a transição do veículo à combustão para o veículo elétrico é defendida como uma questão de saúde. As cidades sustentáveis passam pela mobilidade elétrica. O cumprimento das metas do Acordo de Paris passa pelo desenvolvimento das energias renováveis e a mobilidade elétrica possui destaque na busca de frear o aquecimento do planeta e as mudanças climáticas.

Na Europa, algumas cidades já proíbem o estacionamento de carros à combustão no centro das cidades. No Reino Unido e França, há previsão de proibição da comercialização de veículos à gasolina e diesel a partir de 2040. Na Holanda, o planejamento prevê que, até 2030, a totalidade da frota de ônibus será movida pela eletricidade. Na China, até 2025, metade da frota de veículos leves do país será composta por carros elétricos. A Volvo pretende, até 2050, vender um milhão de carros elétricos no Brasil.

Atualmente, o Brasil possui 1673 veículos leves elétricos em circulação no país. Quando somados, os carros híbridos puglin, chegam a pouco mais de seis mil unidades. Em 2014, a BMW lançou o primeiro carro elétrico em nosso país. Atualmente, estão disponíveis no mercado, 12 marcas e 15 modelos diferentes. Hoje, o principal entrave para a disseminação desta tecnologia é o preço, porém a disponibilidade de pontos de carregamento apresenta-se como outro limite. O ecossistema de mobilidade elétrica, onde a infraestrutura de recarga conversa com a jornada do consumidor, necessita ampliação para incorporação de uma nova cultura do consumidor na diferença entre o carro elétrico e o carro à combustão. Numa garagem privada é possível implantar um carregador para recarga a noite e garantir a autonomia do veículo durante o dia, semelhante ao carregamento do aparelho celular. Porém, os pontos de carga de conveniência, entre empreendimentos do trajeto, são fundamentais.

Na última semana, ocorreu de maneira virtual, o II Fórum Move Internacional de Mobilidade Urbana e Veículos Elétricos, promovido pelo Grupo FRG Mídias e Eventos. O acontecimento reuniu especialistas, entidades, consumidores e fabricantes, debatendo durante dois dias as tendências para o setor. As políticas públicas já consolidadas, como a taxa de importação conquistadas em 2015/2016, os incentivos estaduais e municipais, as legislações urbanísticas como a adotada em Curitiba, que prevê a disponibilização de uma vaga com carregador para carros elétricos a cada 200 vagas para carros a combustão em futuras construções, bem como a regulamentação da ANEEL para a comercialização de energia para carros elétricos, estiveram entre os temas debatidos.

O Brasil pode ser protagonista na América do Sul em mobilidade elétrica. É imprescindível aproximar as cidades do debate sobre a preparação do país para este futuro. A mudança de paradigma altera a maneira de uso. E este novo contexto será decisivo para a limpeza da matriz energética em nível global.

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