O CEO da maior administradora de fundos do mundo, a BlackRock, Larry Fink, anunciou através de carta ao mercado na última sexta-feira, 6.3, o interesse em investir em projetos de energias renováveis no Brasil. A anúncio ocorreu depois de uma palestra em evento do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). O intuito é colocar a questão ambiental no foco dos negócios, “definitivamente não é uma questão de modismo, é uma necessidade, os investidores estão acordando para isso”, esclareceu Fink.
Há duas decisões, no caso de empresas de mineração, a BlackRock vai desinvestir. Vamos investir em energia limpa, é uma ação ainda inicial, mas focada em geração hídrica, eólica e solar, “já está começando, é uma estratégia de longo prazo, temos um time no Exterior que faz esse trabalho, eles têm olhado com bastante atenção as oportunidades no Brasil”, esclareceu o CEO. A BlackRock já tem participação importante nos negócios de infraestrutura no México e Colômbia e a ideia é trazer para o território brasileiro a experiência desenvolvida nestes países.
O anúncio está em consonância com a tônica dos debates realizados no Fórum Econômico Mundial em Davos. Na edição deste ano, o objetivo foi auxiliar governos e instituições internacionais a acompanhar os progressos em direção às metas estabelecidas no Acordo de Paris e facilitar discussões sobre tecnologia e comércio exterior. “As pessoas estão se revoltando porque acreditam que foram traídas pelas elites econômicas, e nossos esforços para manter o aquecimento global em um limite de 1.5°C estão perigosamente lentos”, diz o fundador e presidente do Fórum, Klaus Schwab.
O encontro em Davos ocorreu entre os dias 21 e 24 de janeiro e tratou de temas como: Como salvar o planeta; Sociedade e futuro do trabalho; Tecnologia para o bem; Economias mais justas; Melhores negócios; Futuros saudáveis; Geopolítica global. Entre medidas para alcançar o objetivo de zerar as emissões, estão o uso de alimentos com fornecedores locais, fontes alternativas de proteína para reduzir o consumo de carne, uso de energia elétrica vinda de fontes sustentáveis e de veículos elétricos.
Inexoravelmente o desenvolvimento das energias renováveis estão em sintonia com os desafios globais de diminuição da emissão de dióxido de carbono. A descarbonização da economia está entre as diretrizes do Acordo de Paris. Neste sentido, o anúncio da BlackRock corrobora com o esforço mundial de promover desenvolvimento econômico com equilíbrio ambiental.
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